14.10.05

Vivia a plenitude da minha liberdade. Aquele psicológico tumor que carregava comigo parecia estar a curar-se. Um passado que se esquecia, um futuro que se desprezava. Apenas o presente importava. O momento que se vivia, a companhia e o local, e o que se levava para a almofada cada dia que passava. Não devia obrigações: era livre. Livre de amar ou não. De ser rude ou meiga. De ignorar ou cuidar.
O altruísmo em demasia que antes mostrava estava a transformar-se lentamente num egoísmo. Pensava em mim, e cada um que pensasse em si.
Depois apareceste. Um acaso, um feliz acaso.
Começamos a falar por uma coincidência, uma conjunção de acontecimentos improváveis.
Lentamente, senti uma mudança em mim… Importava-me com o que dizias e sentias. O que me dizias tocava-me. Íamos descobrindo estranhas semelhanças, pequenos pontos de convergência das nossas almas e vidas, inegavelmente diferentes.
Quando te conheci, tudo o que já antes desconfiava se acentuou. Sim, somos diferentes. E gosto de ti assim. E sim, algo despertou entre nós.

Há algo nesses teus lábios grossos que não me deixa indiferente…E eu sei que sentes o mesmo que eu.


sinto-me: hmm :)
música: Wake me up when september ends - Green Day
publicado por Vera às 23:04

"Quem se aborrece com a repetição, porque não é capaz de gozar as subtis diferenças que ela nos traz, não conseguirá mais do que repetir o seu aborrecimento, mudem o que mudarem os seus hábitos quotidianos". (Fernando Savater)
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